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Uso de contêineres da Brado deve crescer 30% em 2017

Publicado em 15/02/2017

Boa relação custo benefício e maior segurança são alguns dos fatores que impulsionam tal crescimento

A perspectiva de futuro para o uso de contêineres nas operações logísticas tem sido promissora para a Brado. De acordo com a empresa, é previsto um crescimento de 30% para 2017. Os fatores apontados para tal demanda são diversificação do mercado e segurança no fluxo de cargas.

Segundo o diretor comercial e operacional da Brado, Marcelo Saraiva, a empresa está atendendo tanto mercados consolidados. “[Estamos] abrindo espaço para empresas que precisam ganhar competitividade”, diz.

A principal rota multimodal do país passará a ser dedicado a produtos frigorificados, couro, minérios, madeira, algodão e derivados. O transporte de grãos, que antes representava cerca de 50% das cargas transportadas pela Brado, hoje é de menos de 10%. O trajeto usual é entre Rondonópolis (MT) e o porto de Santos (SP).

Negócios
A melhor relação entre custo e benefício vem do acesso direto ao transporte ferroviário e do ganho de eficiência nos serviços. O modal apresenta ainda menores índices de acidentes e furtos, se comparado ao rodoviário.

A tendência permite ao Brasil descobrir vantagens como assertividade, qualidade e custos competitivos da movimentação multimodal de contêineres para a exportação, bem como para a importação e o mercado doméstico. Isso porque quanto mais contêineres circularem dos centros de produção para os seus destinos finais, mais espaço haverá também no sentido inverso.

Efeito cascata
A expansão da movimentação de contêineres tem “efeito cascata”.

É o que vem acontecendo em São Paulo. No estado, mercadorias como açúcar e celulose ampliam o fluxo de exportação da Brado e, por conta da maior presença nas ferrovias, a empresa colocou em circulação um trem exclusivo para o mercado interno, entre Rondonópolis (MT) e Sumaré (SP) e Rondonópolis (MT). Além disso, o contínuo investimento na rede de terminais, armazéns e serviços de qualidade (como o monitoramento on-line de cargas) permite também a oferta de serviços competitivos ao mercado de importação.

Esse fenômeno vem sendo registrado não só entre o Centro-Oeste e o Sudeste, mas também no estado do Paraná, Sul do país. De centros de produção do interior do estado para o Porto de Paranaguá (PR), os contêineres movimentam cada vez mais produtos frigorificados e produtos industriais como papel e derivados da madeira. No sentido inverso (do Porto para terminais localizados em Ponta Grossa, Cascavel e Cambé) circulam com mercadorias como produtos químicos, máquinas e até peças de bicicleta.