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Imai Empresas premia profissionais e projetos de Supply Chain

Publicado em 04/02/2019

Objetivo é reconhecer profissionais e empresas que contribuíram para o total desenvolvimento de seus projetos de logística, destacando ainda o caráter pioneiro dessas iniciativas

Nesta entrevista exclusiva, Yassuo Imai Segundo, CEO da Imai Empresas conta sobre os objetivos da premiação, invovação nas cadeias de suprimentos das empresas e muito mais!

1. Por que a Imai Empresas sentiu necessidade de criar um Prêmio  de Projetos em Supply Chain? 

Yassuo Imai: Vimos nos últimos anos um grande empenho por parte dos nossos clientes e de seus colaboradores em executar os nossos projetos, e com isso também vimos muitos cases surgirem. Neste processo, percebemos que nem mesmo nossos próprios clientes tinham uma dimensão clara da representatividade do que estavam fazendo. Principalmente no quesito Inovação. Como tratamos as coisas de forma muito simples na condução de nossos projetos, percebíamos que os clientes achavam que o que estavam fazendo, dezenas de empresas pelo país já faziam igual ou melhor quando, na verdade, eles estavam sendo pioneiros.

2. Quais as categorias existentes neste prêmio?

São três: Profissional Destaque, Empresa Destaque e Projetos Inovadores

3. Pelo que notamos, há um forte componente deste reconhecimento está relacionado a pessoas, ou seja, aos profissionais, que se envolvem e tomam decisões relacionadas a projetos de Supply Chain em andamento em suas empresas. Por que há essa necessidade de  destacar profissionais que colaboraram em qualquer etapa dos projetos desenvolvidos em Supply Chain?

Sem dúvida há sim, este componente de reconhecimento. As pessoas são a parte mais importante do nosso projeto. E são muitas. Não apenas o executivo que nos contrata ou o gestor responsável pelo projeto, mas todos os colaboradores envolvidos, prestadores de serviços e clientes que são tocados pelos resultados práticos de um projeto e contribuem para a sua melhoria. Dito isso, quando decidimos criar o prêmio, a primeira categoria pensada foi a Profissional Destaque, para reconhecermos a pessoa que mais se empenhou e logrou êxito em seu papel no nosso projeto. E, olha, foi difícil escolher... Temos a sorte de ter excelentes profissionais atuando em todos os nossos clientes, e os desempates se deram nos detalhes.

4. Uma das categorias reconhece empresas que colaboraram para que os projetos de Supply Chain obtivessem sucesso. Essa não seria uma premissa de todo projeto, uma vez que se está investindo para um ganho à empresa como um todo?

Sim. Mas tem empresas que vão um pouco além. A ganhadora deste ano, por exemplo, a Petita, foi nosso destaque porque eles não só propiciaram os pré-requisitos para a implantação das mudanças envolvidas em um projeto de consultoria como o nosso, como também se empenharam em incorporar as premissas de eficiência que trabalhamos em nossa metodologia em toda a organização. Em setores que sequer estavam envolvidos com o que fomos contratados para fazer. Outro ponto que os destacou foi o esforço que eles moveram com investimentos, mudanças culturais e de estratégia do negócio em prol do sucesso do projeto. Não tinha como não serem ganhadores do prêmio neste ano.

5. A inovação, tema que mais se aponta como diferencial das empresas em sua corrida pela competitividade e atenção do mercado consumidor, é também reconhecida nesta premiação. Como a inovação pode impactar positivamente os projetos de Supply Chain e os negócios das empresas?

Exatamente como fator de competitividade. Buscamos eleger neste ano a empresa que não só adotou prática ou desenvolveu algo inovador, mas a que colheu maior benefício em termos de competitividade para o seu negócio. Nosso ganhador deste ano foi a Cristal Alimentos, que implantou a Torre de Monitoramento Logístico. Os resultados colhidos no aumento da performance de entrega e na segurança dos veículos em circulação foi incrível, e posso afirmar que único no país. Mesmo os fornecedores de outros sistemas, como o de rastreamento, que é integrado à solução da Torre de Monitoramento, se encantaram com o que a Cristal está fazendo nesta área.

6. Em sua avaliação, como estão as empresas brasileiras ou que atuam no Brasil quanto à maturidade para adotar práticas mais arrojadas em suas cadeias de abastecimento? E como isso afeta o mundo dos negócios e os consumidores como um todo?

As empresas, de uma certa forma, estão sendo compelidas a adotar novas práticas e estratégias em Supply Chain. O advento do Omnichannel, que pouco a pouco ganha espaço no país, as possibilidades que surgem a cada dia com a logística colaborativa e os novos hábitos de consumo das pessoas estão obrigando as empresas a se dinamizarem, sob o risco de ficarem fora do mercado. E como ganham os consumidores? Bom... pela primeira vez em muito tempo o consumidor voltou a estar no centro do Supply Chain. A dinâmica pela entrega mais rápida, com custos competitivos, onde, quando e como o consumidor, que é cada dia mais conectado, deseja receber, é a alavanca que está movendo este mundo de transformações que estamos vendo no Supply Chain.

7. Quem foram os vencedores desta edição?

Duas empresas se destacaram no Prêmio, que se dividiu em três categorias:

Profissional Destaque foram avaliados profissionais que mais se dedicaram ativamente para que os resultados do projeto de logística em curso em sua empresa fossem alcançados cumprindo metas e prazos, replicando conhecimento e conceitos. Geneval Mota, supervisor de Produção da fabricante de produtos para bebês Petita, é o destaque desta categoria.

A empresa teve sua área de produção totalmente reformulada e foi implantada a ferramenta Kanban para melhoria da logística. O desafio foi mudar sua cultura empresarial e seu modo de produzir para ofertar o que de fato o cliente precisava, eliminando atrasos na produção, reduzindo mix de produtos e ampliando a acuracidade dos estoques e a visibilidade da área produtiva.

A Petita também venceu a categoria Empresa Destaque do Prêmio, por ter tido amplo comprometimento da alta liderança e por ter feito os investimentos necessários, contribuindo para um novo rumo na condução dos negócios. Como resultado do projeto, em seis meses a Petita reorganizou sua logística e área produtiva, cortou em média 30% dos SKUs, o estoque de matérias-primas está próximo do que se utiliza na linha de produção, e o prazo de entrega teve redução de 28 dias para menos de 6 dias. Internamente, a empresa adotou a gestão a vista, fez a demarcação de locais e sinalização de piso, padronizou caixas de produtos semiacabados que ficam na linha de produção e adquiriu carrinhos (rolltainer) para facilitar a preparação de pedidos.

A Cristal Alimentos foi a vencedora da categoria Projetos Inovadores por ter agregado novas tecnologias de processos e adotar melhores práticas referências em seu segmento no mundo. O projeto Torre de Monitoramento de Transporte reúne profissionais dedicados ao monitoramento e rastreamento das atividades da frota composta por 126 veículos próprios e cinco terceirizados quanto a segurança e o desempenho em rota.

Antes da Torre de Monitoramento, a Cristal Alimentos enfrentava problemas comuns a muitas empresas, como atraso nas entregas, baixa produtividade da frota, fraudes ou desvios de tarefas pelos motoristas, imprevisibilidade de tempo de entrega ou retorno dos veículos, além de não poder gerar relatórios comparativos de eficiência. O novo projeto ganhou um espaço próprio, toda a tecnologia da informação foi criada internamente pela empresa e foi feita a integração ao sistema de rastreamento já em operação, possibilitando menor custo com o desenvolvimento e total aderência ao negócio da Cristal.