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Estudo revela que seis em cada 10 transportadoras de cargas têm alto risco de inadimplência

Publicado em 24/07/2018

Segundo pesquisa realizada pela Serasa Experian, situação das micro e pequenas empresas é mais crítica, com risco acima da média

Segundo estudo inédito da Serasa Experian realizado em junho de 2018, a maioria (56%) das transportadoras de cargas que operam em todo o Brasil apresenta elevado risco financeiro, ou seja, possui alta probabilidade de não pagar as contas em dia nos próximos dozes meses. Com a recente paralisação dos caminhoneiros, que mostrou a relevância do transporte de cargas e a sua capacidade de impactar a economia brasileira, a situação financeira das empresas é um bom indicador para entender o que pode estar por trás da crise enfrentada pelo setor.

“Por isso, é fundamental que as contratantes priorizem a análise diária dessas informações com o objetivo de evitar impactos negativos em seus negócios”, afirma o diretor de Gestão de Estratégia da Serasa Experian, Mário Rodrigues.

Do total (56%) de transportadoras de cargas com alto risco financeiro, mais da metade (33,9%) inclui empresas já inadimplentes e/ou com processos de recuperação judicial e extrajudicial e falência decretada. Já 16,6% das companhias que fazem esse tipo de transporte possuem médio risco de não honrar as dívidas e 27,4% apresentam baixo risco.

O perfil de alto risco é observado em todos os portes, mas a situação das micro e pequenas empresas (faturamento de até R$ 4 milhões/ano) é mais crítica, com probabilidade elevada acima da média geral (59%). Na sequência, com 55% aparecem as médias (faturamento de até R$ 50 milhões/ano) e com 38%, as grandes companhias (faturamento acima de R$ 200 milhões/ano).

“As micro e pequenas empresas representam a maioria deste segmento e infelizmente estão sempre mais suscetíveis às oscilações econômicas, por isso, merecem atenção especial, visto que são parceiros fundamentais para assegurar a vascularidade necessária para o escoamento das cargas no país”, diz Rodrigues.

O estudo da Serasa Experian evidencia a gestão dos riscos financeiros como uma prática que contribui para tomadas de decisão mais corretas e sustentáveis na hora de avaliar e contratar parceiros comerciais. “Os resultados apontaram o quanto é essencial dispor de dados que ajudem empresas que dependem do transporte de cargas a mitigar impactos que esse tipo de serviço possa gerar em seus negócios, e ao mesmo tempo promover o uso consciente do crédito para reverter vulnerabilidades e trazer aprimoramento gerencial a um setor vital para todas as cadeias produtivas do mercado”, ressalta o diretor de Gestão de Estratégia da Serasa Experian.

Serviço da Serasa ajuda na avaliação de fornecedores
Tanto para identificar riscos financeiros ou reputacionais como para encontrar parceiros comerciais que possam agregar valor aos processos, a área de compras tornou-se estratégica para as empresas. Para aportar mais precisão nessa etapa de escolha e gestão de fornecedores, a Serasa Experian disponibiliza o “Serasa Fornecedor”, solução digital que une compradores e fornecedores para alavancar negócios com mais segurança. O portal permite que compradores tenham acesso às informações completas sobre a saúde financeira e riscos de seus fornecedores.

Por outro lado, os fornecedores participantes do portal também contam com benefícios exclusivos como conhecer como estão sendo avaliados no mercado, permitindo construir planos de ação mais corretos para melhorar a situação financeira e também alavancar negócios.

“A solução vem incorporar uma perspectiva diferente e importante na avaliação e gestão de fornecedores que até então era, muitas vezes, ignorada pelas áreas de Suprimentos, mas que o próprio mercado já vinha sinalizando a necessidade de termos soluções para esse nicho”, acrescenta Rodrigues.

Metodologia do estudo
O estudo foi realizado com base na análise de risco de crédito de uma amostra composta por 4.065 empresas de transporte de cargas de todo país que atendem diversos segmentos de mercado, tais como serviços, construção civil, bens de consumo, varejo, mineração, metalurgia e agronegócio. O modelo de risco mede a probabilidade de uma empresa não fazer o pagamento de uma dívida num horizonte de 12 meses, assim como a companhia que já está em situação de inadimplência, recuperação judicial, extrajudicial ou falência decretada. A classe de risco vai de 01 a 22: de 01 até 11 é considerada baixo; médio entre 12 e 15 e alto risco para a empresa que está entre 16 e 22.