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Empresas brasileiras gastam 11% da receita com logística

Publicado em 28/10/2014

A Prosperity Consulting calculou os prejuízos causados pelos atrasos no posto do fisco baiano, na BR-116, em Vitória da Conquista, no qual 33 mil caminhões passam por mês pelo local e ficam parados, em média, 48 horas

Uma pesquisa da Fundação Dom Cabral revela que os gastos com a logística absorvem, em média, 11% do faturamento das empresas no Brasil, número superior ao de países como Estados Unidos (8,5%) e China (10%). Entre as companhias participantes do estudo, 82% delas usam, predominantemente, as rodovias para transportar suas mercadorias.

Entre os principais fatores para a alta dos gastos com a logística estão a falta de infraestrutura dos modais, a pesada carga tributária e a elevada burocracia do sistema. A Prosperity Consulting, empresa de consultoria nas áreas de logística integrada e cadeia de suprimentos (Supply Chain), fez um cálculo dos prejuízos causados pelos atrasos em um, das centenas de postos fiscais estaduais espalhados pelo País, o do fisco baiano, localizado na BR-116, em Vitória da Conquista, perto da divisa com Minas Gerais.

Pelo posto fiscal baiano passam mais de 33 mil caminhões por mês e cada um deles fica, em média, mais de 48 horas parado para a fiscalização. “Daria para cortar um dia de viagem de cada veículo de carga que faz o trajeto”, explica Rogério Torchio, diretor da Prosperity Consulting. Para as transportadoras, essa espera pode custar R$ 300 milhões por ano ou R$ 760,00 ao dia por veículo. No cálculo, estão inclusos o salário dos motoristas e a receita que se deixa de ter com os veículos parados.

O modal rodoviário é o mais utilizado no transporte de produtos, totalizando cerca de 60% das operações em todo o País. Por isso mesmo, uma melhoria nas condições das rodovias, bem como uma melhor estruturação dos postos fiscais são fundamentais para a redução dos custos logísticos, como aponta Torchio. “As empresas poderiam aumentar seus lucros, e o Brasil colocar-se em uma rota crescente de desenvolvimento.”