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Demanda de mercado de condomínios logísticos apresenta elevação

Publicado em 19/11/2014

 De acordo com estudo da Colliers, a demanda por condomínios logísticos permanece aquecida e a absorção líquida de 2014 deve ser 10% superior à do ano passado

Mesmo com as incertezas da economia e o aumento da inflação, o mercado de condomínios logísticos nacional segue tendo resultados favoráveis e deve fechar o ano com crescimento de 10%, na absorção líquida. De acordo com pesquisa da Colliers International Brasil, a absorção líquida registrada no terceiro trimestre foi de 352 mil m², que, somada à absorção dos dois trimestres anteriores, já atingiu 80% da registrada no ano de 2013.

O bom momento do mercado de varejo e a continuação do consumo colaboraram para esse cenário positivo. De acordo com o CEO da Colliers, Ricardo Betancourt, o amadurecimento do mercado também é determinante. “O conceito de condomínio logístico está consolidado por todo o País, sendo que diversos mercados de médio porte já fazem parte do mapa logístico do Brasil.”

O inventário nacional recebeu 323 mil m², no terceiro trimestre, totalizando 9 milhões e 354 mil m² de condomínios logísticos por todo o Brasil. Os Estados de São Paulo (5 milhões e 867 mil m²), Rio de Janeiro (1 milhão e 16 mil m²), Pernambuco (620 mil m²) e Minas Gerais (547 mil m²) são os que possuem a maior concentração de inventário. O segmento permanecerá movimentado no último trimestre deste ano, quando 547 mil m² deverão ser entregues e, em 2015, já está prevista a entrega de cerca de 1 milhão e 100 mil m².

Os preços médios pedidos de locação permanecem estáveis, em relação ao último ano, sendo R$ 20,00 m²/mês a média nacional observada no terceiro trimestre. Os maiores valores foram registrados nos Estados do Rio de Janeiro (R$ 25,20 m²/mês) e do Amazonas (R$ 23,50 m²/mês), nos quais a taxa de disponibilidade permanece abaixo do ponto de equilíbrio.

A taxa de disponibilidade dos condomínios logísticos do Brasil apresentou ligeira queda neste período, devido, principalmente, à absorção líquida favorável, fechando em 17%, o que representa um decréscimo de 0,92% em relação ao trimestre anterior. As regiões Norte e Centro-Oeste, onde o processo de requalificação do espaço voltado para a logística ainda está em amadurecimento, são as que apresentam as maiores taxas de disponibilidade, 23,9% e 22,6%, respectivamente. O Sul e o Sudeste, que abrigam a maior parte do estoque, possuem taxas próximas à média nacional, 16% e 17,2%. Já o Nordeste, que vem se desenvolvendo de forma organizada, apresenta a menor taxa de disponibilidade do Brasil, 12,7%.

Para o final de 2014, o cenário nacional espera manter a demanda e a estabilidade da taxa de disponibilidade no mesmo patamar do ano passado (18,5%), apesar do aumento do inventário.