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Correios recebe aprovação do Cade para participação acionária em empresa aérea

Publicado em 28/07/2014

Com aporte inicial de R$ 24 milhões, a estimativa é de que o retorno do investimento ocorra em sete meses após o início das operações

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição de 49,99% das ações da empresa de transporte aéreo de cargas Rio Linhas Aéreas pelos Correios. Publicado no dia 25 de julho, no Diário Oficial da União, o despacho do Cade representa mais uma etapa para a concretização da parceria, que está condicionada, ainda, à aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), além de outros órgãos federais, como o Ministério da Fazenda, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e o Ministério das Comunicações.

O objetivo dos Correios com a operação é ter uma empresa controlada para realizar o transporte aéreo da carga postal, hoje feito por meio de 13 linhas aéreas contratadas na Rede Postal Noturna, a RPN, que atualmente transporta 500 toneladas diárias, ao custo de R$ 500 milhões por ano. A revisão do modelo de operação da RPN ainda atende às recomendações dos órgãos de controle, entre eles o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU), no sentido de que os Correios buscassem alternativas para realizar o transporte aéreo de carga.

Com aporte inicial de R$ 24 milhões, a participação acionária dos Correios na Rio Linhas Aéreas, que atualmente mantém o maior número de aeronaves cargueiras do mercado, sendo responsável pelo atendimento de cinco linhas da RPN, deve ter início até o final de 2014. A estimativa é de que o retorno do investimento ocorra em sete meses após o início das operações.

Desde 2011, com a sanção da Lei 12.490, os Correios podem adquirir participação acionária em outras empresas. O mesmo modelo proposto pelos Correios é adotado pelos operadores postais da Austrália e da China, países que possuem dimensões continentais como o Brasil.