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Braço logístico da Abril já fatura R$ 1 bilhão e deixa prejuízo para trás

Publicado em 10/10/2014

DGB já contabiliza economia de R$ 40 milhões, em 12 meses

Holding de logística do Grupo Abril, a DGB encerrou o processo de reestruturação, iniciado no ano passado, já está faturando R$ 1 bilhão, com lucro, e segue no plano de atrair um sócio estratégico.

“Nos últimos 12 meses, até agosto, o faturamento já chegou a R$ 1 bilhão”, destaca Douglas Duran, CEO da DGB e vice-presidente de Finanças e Controle do Grupo Abril. A operação, que reúne as empresas Total, Dinap e Treelog, também conseguiu reverter o prejuízo de R$ 50 milhões, registrado no ano passado. Segundo Duran, o lucro está em R$ 20 milhões.

A receita anualizada de R$ 1 bilhão, com lucro, é resultado do processo de reestruturação dos negócios de logística do Grupo Abril, com redução de despesas. O número de empresas caiu pela metade, de seis para três. A empresa de tecnologia de informação, Totvs, ajudou a DGB a redesenhar como a empresa contabilizava despesas. “Estamos desplugando da Editora Abril”, ressalta Duran.

A DGB, que ocupava parte do prédio do Grupo Abril, na marginal Pinheiros, levou a administração para outro prédio, na marginal do Tietê, e está em um processo de não mais compartilhar despesas com a Editora Abril. Esse processo deverá estar encerrado em agosto de 2015.

A Editora Abril, que publica as revistas Veja, Exame e Claudia, entre outras, ainda aporta a maior parte do faturamento do Grupo Abril e, também, passa por uma reestruturação, com enxugamento de portfólio.

A economia que a DGB colheu até agora, em 12 meses, chegou a R$ 40 milhões. Além da redução de gastos administrativos, a DGB tem faturado mais. Apesar da economia fraca, o mercado de e-commerce tem ajudado a aumentar o faturamento. A Total, dedicada a atender empresas que usam a internet para vender, “está deixando de ser uma empresa apenas de entrega e está oferecendo projetos logísticos mais complexos”, acrescenta Duran.

Ele dá um exemplo: logística reversa. Nesse tipo de serviço, a empresa precisa buscar, na casa do consumidor, o produto que está sendo devolvido, por defeito, por exemplo. A Total já está fazendo isso com a operadora de TV a cabo Sky, que precisa retirar, na casa do cliente, decodificadores quebrados ou velhos.

A francesa Sephora, varejista online de produtos de beleza, também é citada por Duran como exemplo de contrato mais sofisticado. Para ela, a Total montou um centro de distribuição exclusivo em Palmas, Tocantins.

A Dinap, que entrega revistas e publicações em mais de 30 mil pontos no País, tem cerca de 40% da sua receita atrelada à distribuição das publicações da Editora Abril. O plano para essa empresa é sofisticar o serviço. Em vez de apenas entregar revistas ou folhetos, vender a gestão do ponto de venda, ou seja, informar o cliente como o produto dele está se saindo. A Treelog, a terceira empresa da DGB, é a que faz a entrega dos produtos negociados pela Total e pela Dinap.

Já colhendo resultados da nova organização dos negócios, a DGB segue no plano de atrair um sócio estratégico. Duran estima que a venda de uma fatia minoritária na DGB, controlada pela família Civita, poderá ser feita dentro de um ano.

Fonte: Valor Econômico