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Desemprego na Logística: A culpa não é sua!

 

Publicado em 05/12/2018

Acabo de ler no Wall Street Journal: As contratações no setor de logística contribuíram com 10% do crescimento de empregos nos EUA em outubro. Foram 24.800 novas vagas preenchidas só neste mês. Agora, o setor de armazéns e transportes recorre a militares veteranos, porque não há mão de obra para suprir as vagas. A lacuna de motoristas de caminhão chega a 600.000 posições pendentes de preenchimento. É o pleno emprego.
 
Já no Brasil... A crise econômica que levou à eliminação de milhões de postos de trabalho no Brasil e à retração de investimentos continua mantendo umenorme contingente de trabalhadores desempregados. O aumento moderado da confiança empresarial após o fim das eleições ainda não foi suficiente para gerar emprego.
 
Se o momento atual do mercado de trabalho brasileiro fosse resumido em uma palavra, esta seria "crítico". E diria também que "não está bom para ninguém". Hoje mesmo o IBGE informou que em 1 ano, aumentou em quase 2 milhões o número de brasileiros em situação de pobreza. Este número úmero passou de 52,8 milhões em 2016 para 54,8 milhões em 2017, um crescimento de quase 4%. Já pobreza extrema aumentou 13%, passando a atingir 15,3 milhões. Temos 4,7 milhões de desalentados. Estas pessoas simplesmente desistiram ou não têm condições de procurar emprego. E 13 milhões de sesempregados. A pobreza atinge 30% dos brasileiros e isso é uma calamidade, devendo ser a maior prioridade em políticas públicas.
 
Que fique claro e não custa repetir: a pior crise econômica que este país já viveu é a maior responsável pelo desemprego, e o desemprego não desmerece em nada a sua qualidade profissional, tampouco apaga a sua trajetória, os resultados que você já atingiu. Pense nos seus sucessos alcançados quando você achar que não é bom o suficiente.
 
Por outro lado, existe um dever de casa a fazer: buscar a melhoria, repensar seu propósito, "reinventar-se" saindo da mentalidade de emprego tradicional- a forma de trabalhar está mudando, e isso é irreversível.
 
A tecnologia e a automação trarão desafios cada vez maiores. O Clube da Supply Chain acredita que o novo profissional da cadeia logística precisa ter visão geral de negócios, ser analítico e estar capacitado nas chamadas habilidades "STEM"- Ciências (Science), Tecnologia, Engenharia e Matemática. Ele precisa ter um networking de qualidade, uma comunidade onde se sinta bem comunidade e que gere um ciclo virtuoso de aprendizagem e networking.
 
Tudo passa! Você é competente e ainda fará a diferença para o mundo da supply chain.
 
 
Luís Eduardo Ribeiro

Por Luís Eduardo Ribeiro

É Gerente Regional de Operações da Martin Brower, líder global em soluções logísticas de ponta a ponta para redes de restaurantes. Ao longo da carreira, liderou a supply chain de empresas como DHL, Carrefour, Ponto Frio, bioMérieux etc. Em 2016, planejou e executou a logística de alimentos para as Olimpíadas RIO-2016. Recebeu Moção de Reconhecimento da Assembleia Legislativa do RJ pelos serviços prestados como Administrador de Empresas. Foi eleito Profissional de Logística do Ano pela Revista MundoLogística.

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