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Roma Cargo Logística renova frota e quer crescer 20%

Publicado em 28/05/2012

O período é de investimentos para a Roma Cargo Logística. A empresa aposta em treinamento e capacitação dos trabalhadores, especialmente os motoristas, na construção de novos armazéns com mais 6 mil metros quadrados no Porto Seco da Capital gaúcha e na melhoria de tecnologias da informação e de gestão. “Estamos completando três décadas de atividades e preparados para um novo salto de qualificação para os próximos anos que serão de grande crescimento da economia”, afirma o presidente da companhia, José Carlos Silvano. 

A empresa começou como Transportadora Roma, em 1982, época em que Silvano fundou a companhia com outro sócio, irmão de um famoso jogador de futebol que foi para a Itália e que veio a se transformar no Rei de Roma (o ex-meio-campista colorado Falcão). “Associamos a marca a esse clube de futebol, o que deu muito certo, pois esse é um nome universal e de fácil assimilação, mais ainda em um estado com forte tradição de colonização e ascendência italiana como é o Rio Grande do Sul”, argumenta Silvano. Segundo ele, a sua experiência de ter sido por oito anos caminhoneiro autônomo e de ter conhecido o Brasil inteiro, antes da abertura do grupo, facilitou o desenvolvimento do empreendimento.

A Roma possui hoje quatro divisões de negócios. A principal e origem de tudo são os serviços de transportes com frota própria dedicada a clientes, de cargas secas em transferências dentro do território brasileiro e distribuição de cargas fracionadas no Centro e Sul do País e redespachos em rede, a partir de São Paulo para qualquer parte do Brasil.

Na área de Logística, possui armazéns próprios em Porto Alegre, São Paulo, Guarulhos, Rio de Janeiro, e Salvador, onde opera com armazenagem, serviços de paletização, estoques de terceiros, cross docking (sem estocagem) e distribuição de mercadorias para clientes em vários centros urbanos, especialmente supermercados e grandes redes. Também atua com coletas milk run (programadas) e abastecimento de matérias-primas para indústrias e destas para o comércio em geral. O grupo tem ainda uma divisão de cargas superpesadas, especiais e de projetos onde utiliza equipamentos próprios de transportes adequados para operações de grandes dimensões. Além disso, há um segmento de negócios que trabalha com a construção de armazéns comerciais para logística ou locação para terceiros.

De acordo com Silvano, estão entre as cargas mais movimentadas materiais de higiene e limpeza, impressos gráficos, alimentos em geral, utilidades domésticas, vidros, autopeças, pneus, partes de elevadores, materiais de construção civil, entre outras. “Transportamos desde pequenas encomendas em caminhões-baús (fechados) até grandes equipamentos industriais, já deslocamos até fábricas inteiras do Sul para o Nordeste”, relata o empresário.

A Roma realiza transportes para diversos destinos no País, mas as rotas mais solicitadas envolvem as cidades de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. A empresa possui 74 caminhões próprios (cavalos mecânicos trucados, traçados e simples, bi-trucks, trucks semipesados e leves) e aproveita mais de cem caminhões de agregados autônomos e carretas de várias capacidades. Conta com quatro armazéns próprios totalizando 18 mil metros quadrados de área construída e capacidade de até 108 mil metros cúbicos de cargas verticalizadas e espaço de expansão e garagem de 42 mil metros quadrados.

Em defesa dos interesses da categoria

Além de comandar a Roma Cargo Logística, José Carlos Silvano tem a responsabilidade de presidir o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs). Ele comenta que há várias diferenças entre as duas funções.

“Na companhia podemos errar e acertar e assumiremos individualmente os resultados dos nossos atos, no Setcergs a responsabilidade é bastante grande, as ações são coletivas e têm repercussão para toda uma categoria, portanto não podemos falhar”, diz Silvano. Ele acrescenta que a entidade cuida dos interesses de mais de 8,5 mil transportadoras e operadores logísticos em todo o território gaúcho. “No sindicato eu falo por um setor inteiro e devo respeito e obrigações a todos os meus colegas empresários, a toda uma categoria econômica importante como é a nossa”, reitera.

Como representante do segmento de transportes de cargas, Silvano enfatiza que a infraestrutura, especialmente a rodoviária, é determinante para facilitar ou dificultar as operações logísticas e seus custos. Quanto maiores forem os investimentos nessa área, mais competitividade o País terá, defende o dirigente. Ele alerta ainda sobre o peso da elevada carga tributária que incide sobre o setor, principalmente com os combustíveis. Silvano destaca que para atender ao crescimento da economia nacional será necessário aprimorar a infraestrutura brasileira.