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Parceria entre Klabin e Rumo faz crescer o transporte ferroviário de Ponta Grossa a Paranaguá

Publicado em 10/10/2016

Tráfego passa de 14 para 16 trens por dia, no corredor ferroviário mais utilizado para o transporte de cargas, na região Sul

A parceria entre a Klabin, produtora e exportadora de papéis, e a Rumo, concessionária de ferrovias, vem movimentando, ainda mais, os 200 km de trilhos entre a região de Ponta Grossa e o Porto de Paranaguá, no Paraná. Esse é o corredor ferroviário mais utilizado no transporte de cargas da região Sul do País, com tráfego de 14 a 16 trens por dia.

No final de junho, a Klabin inaugurou oficialmente a Unidade Puma, sua fábrica de celulose em Ortigueira, Paraná. Os investimentos para a nova operação somam R$ 8,5 bilhões, incluindo a infraestrutura e os impostos recuperáveis, e contemplam uma Unidade Logística de Papel e Celulose em Paranaguá. A nova fábrica gera cerca de 1,4 mil empregos diretos e indiretos, considerando as atividades industriais e florestais.

A Rumo, que administra 12 mil km de malha ferroviária, no Brasil, responde pelo trecho por onde a produção da unidade de Ortigueira vem sendo escoada para a exportação. Além de construir um ramal de 23,5 km, que permite a conexão com a ferrovia administrada pela concessionária, a Klabin adquiriu 306 vagões e sete locomotivas Evolution ES43BBi, mais potentes e econômicas do que outros modelos em circulação.

A capacidade de produção anual da Unidade Puma é de 1,1 milhão de toneladas de celulose branqueada de fibra curta (eucalipto) e 400 mil toneladas de celulose branqueada de fibra longa (pínus), parte convertida em celulose fluff. Desse total, 900 mil toneladas chegarão à Paranaguá por ferrovia.

A locomotiva do futuro
Adquiridas pela Klabin e em operação em ferrovias administradas pela Rumo, as sete novas locomotivas representam um salto tecnológico para o transporte ferroviário brasileiro. O modelo, que atende às especificações da malha de bitola métrica (um metro de largura) e foi desenvolvido pela General Eletric (GE), é produzido em Contagem, Minas Gerais. Batizadas de Evolution ES43BBi, as locomotivas são mais potentes e econômicas do que os modelos atualmente em circulação, no Brasil.

Com mais de 200 toneladas e oito eixos, têm até duas vezes mais força do que outras locomotivas da bitola métrica, característica diretamente relacionada ao motor, que usa tecnologia de tração de corrente alternada (AC). Tecnicamente, duas BBIs correspondem a três locomotivas de seis eixos (motor AC), enquanto três delas equivalem a cinco locomotivas de oito eixos, com motor de tração de corrente contínua (DC).

Além de aumentar a força das locomotivas, as novas tecnologias adotadas na BBi reduzem o consumo de combustível e coletam uma série de dados sobre cada viagem, a partir de sistemas digitais com centenas de sensores. A máquina usa softwares comparáveis aos da indústria automobilística, que permitem a análise do sistema operacional, baseada em mais de 400 parâmetros. A economia e os benefícios para o meio ambiente estão entre as principais vantagens, uma vez que a BBI emite até 80% menos poluentes. A redução do consumo de combustível ajuda a diminuir em 10% os custos operacionais da máquina, que conta com ar condicionado, frigobar e até assento com regulagem a ar.