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Manserv desenvolve solução para o retrofit de sistema de refrigeração

Publicado em 10/07/2017

Método alcança redução de custos de 40% em relação as demais alternativas disponíveis atualmente no mercado

A Manserv implementou uma nova solução para resolver uma das principais preocupações da indústria nacional nos últimos anos: a substituição eficiente do gás R-22, que deverá ter o uso e comercialização erradicados do Brasil até 2040. Com uma abordagem inédita, o retrofit completo da estrutura, a empresa alcançou custos 40% menores em relação a outras técnicas do mercado.

Instalado em um centro de distribuição, no interior paulista, o sistema passou a fazer a refrigeração em todas as escalas a partir do gás Isceon MO99, um composto natural e de menor impacto ambiental. Da concepção à execução, o projeto, que alterou 40 equipamentos aplicados no conforto térmico do interior das edificações, contou com esforços conjuntos das equipes de manutenção e engenharia em um trabalho que durou seis meses.

De acordo com o Presidente da Unidade de Facilities da Manserv, Ricardo Moreira, o primeiro passo para identificar a solução foi a análise do comportamento do funcionamento dos equipamentos de refrigeração em diferentes condições e estados. Com isso, a empresa pode ter os parâmetros necessários do funcionamento do sistema e do comportamento do fluido refrigerante R-22. “Com todas essas informações, realizamos a retirada do composto e a limpeza do sistema, para que pudéssemos, então, fazer a substituição completa do elemento e recolocar a estrutura de resfriamento em operação”, explicou o executivo.

Durante o processo, nenhuma peça ou filtro foram substituídos, o que barateou os custos do retrofit destes equipamentos em pelo menos 40% do valor apurado em comparação com outras técnicas de reparo. “Por não haver nenhuma troca de válvulas de expansão, substituição do tipo de óleo ou mesmo de compressores ou outros componentes mecânicos, conseguimos manter a estrutura e componentes originais dos equipamentos e aumentar a sua vida útil. Com isso, também conseguimos reduzir o consumo de energia, melhorar a performance dos equipamentos”, disse.    

Segundo ele, além dos benefícios durante o reparo, a aplicação do gás Isceon MO99 também trouxe ganhos em relação à sua performance. “Com a mudança, alcançamos uma economia de, no mínimo, 15% de aplicação de gás em cada equipamento, mantendo a mesma performance operacional anterior.”

Implementado no país na década de 60, o composto R-22, que é do tipo hidro clorofluorcarboneto (HCFC), tem ampla utilização para a refrigeração de ambientes e máquinas, mas também é um dos principais degradantes da camada de ozônio. De acordo com o Protocolo de Montreal, documento global elaborado na década de 1980 para minimizar os danos à atmosfera do planeta, os HCFCs terão o seu uso e comercialização proibidos no país a partir de 2040.