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Hamburg Süd movimenta mais de 3 milhões de TEUs em 2011

Publicado em 24/04/2012

Após a recuperação da economia mundial em 2010, o ano passado se configurou em um período de crescimento global contínuo, porém com uma dinâmica menor. O setor marítimo apresentou volumes crescentes. Mas a pressão nas receitas, como resultado de um aumento excessivo de capacidade e um incremento significativo nos custos, especialmente dos combustíveis, causou problemas para as empresas de navegação.

A Hamburg Süd, que, juntamente com a empresa de navegação brasileira Aliança, assim como as atividades de tramp (sem rota regular) operando através da Rudolf A. Oetker e da Furness Withy Chartering, não conseguiu ficar de fora dessa tendência. 

Com cerca de 3,1 milhões de TEUs, aproximadamente, 9% mais contêineres foram transportados em 2011 com relação ao ano anterior. Os fretes permaneceram estáveis comparadas com 2010. Em virtude do dólar americano um pouco mais fraco na média do ano, a receita das operações regulares (liner) da Hamburg Süd cresceram 6%, totalizando 4,2 bilhões de euros, um pouco inferior em comparação com o volume. Com a inclusão das atividades de break-bulk e product tanker, o volume total de negócios aumentou para 4,8 bilhões de euros, um crescimento de 7% em relação ao ano anterior. 

Em seu 140º ano de existência, o Grupo Hamburg Süd empregou, em média, 4.468 colaboradores, cerca de 9% a mais que no período de 2010. Em virtude dos fretes estagnados, e ao mesmo tempo com um aumento acentuado dos custos operacionais, o resultado em 2011 ficou abaixo do plano e pouco menor do que o ano anterior. Os gastos com investimentos na forma de pagamentos iniciais e finais de novos navios em sua maior parte, não puderam ser cobertos inteiramente com o fluxo de caixa operacional.


Desempenho da Hamburg Süd

Com o aumento significativo do volume global de embarques de contêineres e a estabilização da situação econômica de muitos transportadores em 2010, o ano acabou sendo somente uma breve fase de recuperação. Diante de uma dinâmica econômica global enfraquecida, ainda assim a Hamburg Süd conseguiu aumentar seu volume de carga em 9%, para aproximadamente 3,1 milhões de TEUs em 2011. As rotas da Ásia se destacaram neste cenário.

Também houve um desempenho satisfatório nos serviços Inter-América e no Pacífico. Em contraste, as operações do Mediterrâneo caíram abaixo das expectativas, assim como as exportações do Brasil, que foram reduzidas pela moeda nacional forte. 

A Hamburg Süd teve sucesso na manutenção do nível dos fretes do ano anterior. Entretanto, as receitas em muitas rotas não foram suficientes para conseguir excedentes com relação aos custos operacionais que aumentaram significativamente. Somente o preço médio do bunker (base Roterdã), de aproximadamente US$ 620 por tonelada, ficou cerca de 37% acima da média do ano anterior. Além disso, houve aumentos significativos nos custos variáveis, especialmente, no manuseio de cargas nos portos e no transporte terrestre. Os provedores de serviços que fizeram concessões nos preços durante a crise de 2008/2009 conseguiram implementar termos melhores em virtude do volume crescente do transporte. 

A rede de serviços da Hamburg Süd foi otimizada ainda mais. Através de hubs de transbordo em Cartagena (Colômbia) ou Tangiers (Marrocos) estão sendo oferecidas aos clientes conexões adicionais entre a América do Sul e a Europa, assim como Oriente Médio. 
Nas rotas da Europa para o Mediterrâneo Oriental foi implementada uma nova cooperação com outra empresa de navegação, e que será ampliada em 2012 com a utilização de navios maiores e mais eficiente. Além disso, será aumentada a capacidade nas rotas da Europa para Índia e Paquistão. 

No segundo semestre serviços de várias rotas foram racionalizados em conjunto com os parceiros para se adequar aos volumes reduzidos em razão da sazonalidade. Isto envolve, entre outros, o serviço do Mediterrâneo Ocidental para a Costa Leste da América do Sul e também vários serviços da Ásia para a América do Sul e Austrália/Nova Zelândia. 

Em geral, o resultado dos serviços de contêiner não foi satisfatório. O faturamento cresceu em 6% para 4,2 bilhões de euros. Mas o aumento dos custos ficou acima do aumento da receita. O resultado de 2011 ficou muito além do ano de recorde de 2010.

Navios e contêineres

A frota operada pelo Grupo Hamburg Süd, com base em 31 de dezembro de 2011, totalizou 160 navios, 43 deles próprios. Os serviços de liner empregaram 107 navios e o setor tramp utilizou 53. Embora a quantidade de navios porta-contêineres tenha sido reduzida em 6 unidades com relação ao ano anterior, a capacidade de slots nos serviços de linha aumentou em cerca de 6%, para aproximadamente 395.000 TEUs. Com o aumento da capacidade média da frota, os custos por slot foram continuamente reduzidos. 
Um total de cinco navios da série “Santa” entrou em serviço no ano passado. Até agora eles são os maiores navios porta-contêineres do Grupo Hamburg Süd com uma capacidade de 7.100 TEUs e podem carregar até 1.600 contêineres refrigerados. Em termos de sua capacidade frigorífica, esses navios estão entre os maiores do mundo e desde o final de 2011, sete unidades foram empregadas nas rotas entre a Ásia, ou Norte da Europa, e a Costa Leste da América do Sul. 

Em linha com o desenvolvimento do volume de cargas, o pool de contêineres aumentou em cerca de 9%, para 430.000 unidades. Os gargalos de entrega temidos entre os fabricantes da China no início do ano não se materializaram. Diante dos pedidos em queda, o aumento acentuado nos preços dos navios novos de contêineres observado na primeira metade do ano, diminuiu novamente no segundo semestre. 

A Hamburg Süd pretende continuar com sua estratégia de aumentar a parcela de navios próprios e contêineres nos próximos anos. Os três navios finais da classe Santa, assim como quatro navios menores (de 3.800 TEUs), serão entregues em 2012. Além disso, aproveitando as vantagens da queda acentuada nos preços de navios novos, a Hamburg Süd fez pedidos para seis navios de 9.600 TEUs em março de 2011, que deverão ser entregues em 2013/2014 para serem empregados nos serviços da América do Sul.