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Especialista prevê crescimento no mercado de galpões logísticos nos próximos meses

Publicado em 20/12/2017

Em encontro promovido pela GLP, Mauro Dias, presidente da empresa no Brasil, afirma que, apesar da retomada da economia, é preciso aumentar a produtividades nas operações

A GLP, especializada em instalações logísticas, promoveu um encontro para discutir o cenário econômico nacional e também do mercado de galpões logísticos, traçando perspectivas de curto e médio prazos. O bate-papo foi moderado por Mauro Dias, presidente da GLP Brasil, e teve a participação do economista Luiz Carlos Mendonça de Barros e da coordenadora do Centro de Excelência em Logística e Supply Chain da FGV, Priscila Laczynski de Souza Miguel.

Luiz Carlos Mendonça de Barros fez uma análise econômica dos últimos anos, um panorama da economia atual e projeções para 2018. O economista afirma que o Brasil está saindo da crise, pois há muito tempo o índice de confiança da indústria não aumentava como agora e já está perto do nível que tínhamos antes da crise. “Entre 2006 e 2012 o país teve um período de crescimento extraordinário, mas logo depois a bolha estourou e, com ela, veio a crise. Posso afirmar que, hoje, estamos crescendo e a projeção é positiva. Até 2018 é possível chegar a um PIB de 3,5% e, em 2019, 4%. Em 2020 estaremos em franca recuperação”, diz.  

Barros também reforça a necessidade de preparação para qualquer cenário. “Sou muito otimista com o que está acontecendo, mas é preciso ser cauteloso. As eleições presidenciais terão impacto sobre os próximos passos e, apesar do país estar em crescimento contínuo, é preciso também estar preparado para tudo. Planejem e estudem cada um dos possíveis cenários”, explica.

Para o presidente da GLP Brasil, Mauro Dias, o Brasil é um país com muitas oportunidades e boas expectativas, não só pela recuperação da economia, mas também com as novas tendências de consumo, e a GLP está preparada e comprometida em atender as necessidades dos clientes.  “O objetivo da GLP é investir e criar instalações logísticas modernas no Brasil, contribuindo para o aumento da produtividade em toda a cadeia. Uma logística que cumpra seu papel estratégico, ajude as empresas a crescer e atender seus clientes com agilidade e eficiência”, diz.

Tendências
A coordenadora do Centro de Excelência em Logística e Supply Chain da FGV, Priscila Laczynski de Souza Miguel, enfatiza que a aplicação da tecnologia na logística é uma das principais tendências do setor. O Big Data, por exemplo, pode contribuir para aumentar a qualidade das operações de forma significativa.

Segundo ela, a tecnologia usada pelo consumidor impacta diretamente nas operações. “As diversas opções de canais de venda, possibilidades de entrega ou retirada em loja, o uso da tecnologia para acompanhamento da compra e espaços para compartilhar experiências, como mídias sociais, exigem uma operação mais robusta e otimizada”, diz. Priscila destaca que um espaço eficiente aliado a um sistema de TI eficaz faz a diferença.

A escassez de mão de obra qualificada também foi citada pela especialista como um dos grandes desafios do setor. Priscila diz que é dever de todo o mercado desmistificar a ideia de que logística é só estoque ou movimentação de produtos. “O desafio começa nas universidades, pois os alunos nem sempre enxergam a importância e oportunidades oferecidas no mercado de logística. Precisamos mudar essa concepção. O setor tem muita importância na estratégia da empresa, sendo capaz de reduzir custos, aumentar a receita e fidelizar os clientes”, complementa.