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Empresas de tecnologia buscam novas opções para reduzir gastos operacionais

Publicado em 04/03/2016

Para atender às necessidades de distribuição, embarcadores experimentam novos modelos logísticos para avaliar melhor o custo-benefício dos serviços nas cadeias.

Redução do custo operacional e qualidade dos serviços são as principais demandas dos embarcadores de cargas, que atuam no mercado de tecnologia e, por isso, a necessidade de uma logística eficiente tornou-se sine qua non. De acordo com a Associação Nacional dos Usuários do Transportes de Cargas (ANUT), atender à prioridade dos embarcadores esbarra em entraves que desafiam as empresas de logística, transportes e comércio exterior a criar soluções cada vez mais customizadas.

Entre os obstáculos a superar, o Custo Brasil e o desequilíbrio na matriz de transportes de cargas são os mais recorrentes no cotidiano dos embarcadores, que procuram por opções mais eficientes para reduzir os gastos operacionais. Essa busca levou o coordenador da Área de Comércio Exterior da Divisão Healthcare da Philips, Márcio Sano, a visitar a Intermodal South America, que, este ano, acontecerá de 5 a 7 de abril, em São Paulo. Foi durante a edição de 2015 do evento que a companhia, que estava à procura de novos prestadores de serviços na área de tecnologia, deu início a negociações que culminaram em 2016 na parceria com a New Soft Intelligence (NSI), empresa desenvolvedora de soluções em Tecnologia da Informação (TI) e expositora da Intermodal.

“Procuro no evento novidades, sobretudo, relacionadas ao comércio exterior, desde agentes de carga na parte de frete internacional até frete rodoviário local. Também pesquiso os serviços de despachantes aduaneiros, porque essa atividade tem grande importância na minha cadeia”, explica Sano, que pretende visitar o evento novamente este ano em busca de novas parcerias.

O principal objetivo do executivo da Philips em visitar a Intermodal South America será encontrar prestadores de serviços especializados em agenciamento de cargas. A demanda é da divisão Healthcare da empresa. “Estamos mudando a nossa operação e precisamos diminuir o custo operacional. Centralizaremos os volumes de carga de diversos segmentos, que podem ser transportados pelo modal marítimo. Por isso, o meu propósito na feira será procurar parceiros para fazer a parte de navegação internacional”, comenta Sano. Atualmente, a divisão Healthcare da Philips concentra 90% dos processos no modal aéreo.

Outra companhia no ramo de tecnologia, a importadora de equipamentos eletrônicos e de automação, Maxtronick, compartilha das mesmas necessidades da Philips. Para a compradora da empresa, Débora Alves, o networking com os fornecedores é uma oportunidade para conhecer as opções de transportes e analisar qual é o melhor custo-benefício. “Na atual conjuntura, vamos atrás de custos e serviços de qualidade.”

De olho nessas demandas, a operadora logística, Ceva Logistics, procura focar no núcleo de negócios de cada cliente, para elaborar uma solução que permita a fluidez da cadeia de suprimentos e transporte de cargas. “É fundamental que o operador logístico conheça todo o processo do cliente, desde a fabricação, montagem e entrega final. Assim, é possível desenvolver um serviço integrado, aliando operacionalidade, gerenciamento de processos e custos atrativos. Nosso objetivo principal é tornar o fluxo de negócios mais ágil e competitivo”, acrescenta o vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Ceva Logistics na América do Sul, Fabio Mendunekas.

A Ceva Logistics é uma das 600 empresas expositoras que estarão, este ano, na Intermodal, para oferecer soluções logísticas para diversos setores da economia, entre eles, automotivo, industrial, tecnológico, bens de consumo, varejo, farmacêutico, energia e aeroespacial. A 22ª edição da Intermodal South America acontece nos dias 5, 6 e 7 de abril, no Transamerica Expo Center, em São Paulo e reúne representantes das mais diversas vertentes da cadeia, como transporte de cargas marítimo, rodoviário, aéreo e ferroviário; terminais; portos; agentes de carga; operadores logísticos; TI e serviços relacionados ao transporte nacional e internacional de carga. A previsão é que o evento receba cerca de 50 mil profissionais das áreas de embarque de cargas, transporte, logística, armazéns, importação e exportação, atacado, varejo e outros.