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Demanda por transporte aéreo de carga cresce 8% em janeiro de 2018

Publicado em 12/03/2018

Resultado é uma comparação ao mesmo período do ano passado e representa reflexo da alta nas exportações de manufaturas

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata- International Air Transport Association) divulgou os dados sobre os mercados globais de carga aérea. Segundo as informações, houve aumento de 8% na demanda do serviço em janeiro de 2018 em relação ao período anterior.

Esse valor, que é medido em quilômetros por toneladas de cargas (FTKs), foi maior que o crescimento anual de 5,8% registrado em dezembro de 2017. A capacidade de carga, medida em quilômetros por toneladas de carga disponíveis (AFTKs), aumentou 4,2% na comparação ano a ano em janeiro de 2018.

O ritmo de alta da demanda por transporte de carga em 2018 reflete o fato de que os fatores de crescimento continuam favoráveis. A demanda global por exportações da manufatura está em alta, e para atender a essa demanda, aumentou o prazo de entrega da cadeia de suprimentos. Consequentemente, a demanda por transporte aéreo de carga pode se fortalecer, com as empresas buscando entrega mais rápida para compensar os tempos de produção mais longos.

Segundo o diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac, o ano de 2018 teve um bom início. “Nossa expectativa é que a demanda por transporte aéreo de carga apresente uma taxa de crescimento mais normal em 2018, perto de 4,5%.”

No entanto, existem fatores contrários que podem atrapalhar esse crescimento – como medidas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Se o Presidente Trump cumprir sua promessa de impor sanções às importações de alumínio e aço, existe um risco real de uma guerra comercial. Ninguém ganha com fortes medidas protecionistas.”

Em termos de FTKs, a região Ásia-Pacífico teve a maior participação de janeiro, ficando em 37%. A posição é um reflexo do crescimento de 7,7% dos volumes de carga e 2,2 de capacidade, em grande parte resultados das operações da China e do Japão, principais países exportadores da região. Em seguida vem Europa (24,2%), América do Norte (20,5%), Oriente Médio (13,7%), América Latina (2,7%) e África (1,9%).

Apesar da “baixa” participação, as companhias aéreas da América Latina apresentaram alta de 8% na demanda em janeiro de 2018, com aumento de capacidade de 5,4%. O aumento na demanda reflete sinais de recuperação do Brasil, que é a maior economia da região. Os volumes de carga internacional com ajuste sazonal estão de volta aos níveis observados no final de 2014, período em que a crise econômica e política ainda não tinha se agravado.