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Com mão de obra feminina, Ativa forma equipe 30% mais produtiva

Publicado em 08/03/2018

No complexo logístico da empresa, sediado na Grande São Paulo, a presença de mulheres chega a 60% do quadro de funcionários

Desde os primórdios, o setor de logística é considerado masculino. No entanto, com o desenvolvimento da prática e a adoção de conceitos de estratégia, gestão e tecnologia, as mulheres têm lutado para conquistar espaço na área. Na Ativa Logística, um resultado positivo: após adotar a mão de obra feminina, a empresa conseguiu formar uma equipe 30% mais produtiva.

No Complexo Logístico da Ativa Logística em Itapevi, na Grande São Paulo, as mulheres ocupam mais da metade dos postos de trabalho nas operações, especialmente nas áreas de adequação (ink jet, rotulagem, montagem de kits, inclusão de manuais e bulas, etc) e separação de pedidos (cargas fracionadas, leitura de código de barras, cubagem eletrônica das embalagens, etc).

De acordo com a gerente de logística da Ativa, Elisa Pellini, 60% dos cargos nessa unidade são preenchidos por mulheres. “São atividades que exigem mais atenção e delicadeza, características que as mulheres exibem bem mais do que os homens”, afirma.

Elisa diz que a eficiência das mulheres diminui custos e amplia a produtividade do setor. “Com elas praticamente não há retrabalho, o que nos possibilita ter uma equipe 30% mais produtiva. Trabalhar na montagem dos kits é um serviço é de extrema importância para a cadeia econômica e permite que os clientes se concentrem em seu principal foco de atividade, aliviando a ocupação com funções secundárias”, relata a gerente.

Desafios
Apesar de ter crescido, a presença de mulheres no setor de logística ainda é bem menor que a de homens. Na Ativa, por exemplo, 22% do quadro total de funcionários (são 17 unidades) é formado por mulheres – o percentual representa um quarto do total. No entanto, pelo menos quinze delas ocupam funções administrativas e de gestão, como a própria Elisa Pellini. “As mulheres, aos poucos, estão conquistando cada vez mais mercado, exercendo atividades antes desempenhadas apenas por homens”, diz ela.

De acordo com o Ministério do Trabalho, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2017, as mulheres já ocupam 44% dos 37,6 milhões de postos de trabalhos formais do país. Esse índice era de 40,85% em 2007. Apenas no Distrito Federal elas estão em maior número do que os homens, onde predomina o funcionalismo público, como aponta a pesquisa.