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Central de controle da Rumo controlará até 400 trens por dia em 2017

Publicado em 23/11/2016

Aumento na circulação de composições carregadas de grãos deve ocorrer a partir de janeiro, quando começa o escoamento da nova safra de soja

O Centro de Controle de Operações (CCO) da Rumo deverá controlar diariamente até 400 três em 2017. A movimentação, que deve ser o triplo da atual, é resultado do forte escoamento da safra de soja para exportação.

A Rumo administra ao todo 12 mil quilômetros de ferrovias em seis estado (São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). O corredor mais movimentado (entre Rondonópolis, MT, e o Porto de Santos, SP) carrega até oito trens por dia no auge do escoamento da colheita de verão.

O gerente de operações da Rumo, Francisco de Paula Guimarães, pontua a necessidade do centro de controle para reduzir o tempo. “Hoje o transit time [tempo de trânsito] está em 95 horas de Rondonópolis a Santos. Isso depende da capacidade e disponibilidade do trecho e o CCO faz a análise de onde há ferrovia disponível e onde podemos ganhar fluidez”, explica.

Um sistema por satélite permite acompanhar todos os trens em tempo real. O serviço envolve uma equipe de 250 profissionais e funciona 24 horas por dia, todos os dias do ano. O especialista de operações Carlos Alberto de Oliveira afirma que todo o fluxo dos trens é, a partir desse satélite, controlado de forma segura. “Temos acesso a informações sobre a posição de cada composição e os próximos comandos que serão dados por cada maquinista”, declara.

A CCO fica em Curitiba, no Paraná, mas emite as mensagens continuamente para guiar os maquinistas em toda a região de abrangência da Rumo. Cinco mesas (postos de comando) controlam as ferrovias de malha métrica (um metro de largura) e quatro as ferrovias da malha larga (1,6 metro). A circulação dos trens é planejada de acordo com a demanda de exportação, o fluxo de cargas nos terminais instalados no interior e a atividade dos portos secos e marítimos.

Em 2015, a Companhia investiu R$ 190 milhões em vias permanentes, com a aplicação de 713 mil dormentes e a instalação de 22 mil toneladas de trilhos, o que permite reduzir as restrições da linha e aumentar a velocidade do trem.