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Entrevista com o diretor Comercial da TA Divisão Rodoviária, Raul Maudonnet, sobre a consolidação da empresa

 

Publicado em 04/11/2015

TA consolida a sua marca e unifica as suas operações
Sob uma única bandeira, empresa passa a oferecer um mix mais integrado de serviços, com maior eficiência

Por Viviane Farias | Redação MundoLogística

Com o conceito one stop shop, visando otimizar os recursos e ampliar a oferta de serviços, de forma mais eficiente e flexível, a TA organizou seus negócios em um novo formato, consolidando as marcas Transportadora Americana, TAExpress e TALogística sob a bandeira TA.

Antes da unificação, a TA era uma holding com três Cadastros Nacionais da Pessoa Jurídica (CNPJs): o rodoviário, que em 2016 completará 75 anos e responde por dois terços do faturamento global; a express, de carga aérea, e a logística, responsável pela armazenagem, gestão, entre outras atividades relativas aos operadores logísticos.

Apesar de serem os mesmos acionistas, os três segmentos tinham ações muito separadas, portanto, muitos obstáculos. A unificação de todos sob o mesmo CNPJ mudou muito o conceito interno da empresa, uma vez que aumentou a sinergia entre as áreas.

Com 74 anos de experiência nos segmentos de armazenagem e transportes rodoviário e aéreo de cargas, a empresa de gestão familiar, com presença acentuada nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, atualmente, possui 2.500 colaboradores.

Para falar sobre essa unificação, a MundoLogística entrevistou o diretor Comercial da TA Divisão Rodoviária, Raul Maudonnet, que está há 9 anos na empresa, possui 22 anos de experiência no transporte rodoviário de cargas e é graduado em Administração e Direito, além de ter cursado Negociação Avançada na Fundação Getulio Vargas (FGV).

MUNDOLOGÍSTICA: A TA decidiu consolidar as marcas Transportadora Americana, TAExpress e TALogística em uma única bandeira. Por que a empresa tomou essa decisão?
RAUL MAUDONNET: Para buscar a sinergia e focar muito no conceito one stop shop, o que possibilitou ofertar ao cliente uma solução muito mais completa. Ou seja, em um único relacionamento, pode-se contratar os transportes rodoviário e aéreo e a logística, com todo o seu leque de opções.

Quais os serviços que a empresa oferece?
Nossos serviços, agora, são ofertados de forma muito mais coesa e integrada. Temos clientes que farão a armazenagem conosco, a gestão do frete, utilizando o produto rodoviário para as regiões de atendimento, que é Sul e Sudeste, e o modal aéreo, para abranger mais regiões. O cliente, em um único relacionamento comercial com a empresa, tem desde a logística até a distribuição pelo Brasil, por dois tipos de modais. Isso está sendo muito bem aceito no mercado. Vários contratos já foram firmados nesse conceito de one stop shop.

O que compreende esse conceito one stop shop?
Por exemplo, quando a gestão não era unificada, o gerente de Vendas ofereceria o transporte rodoviário e poderia até citar os outros produtos, mas demandaria um contato posterior dos gerentes dessas outras divisões. Atualmente, ele conduz a negociação, com o portfólio de produtos e serviços, e passa a oferecer a divisão rodoviária, express e logística. Havendo interesse pelas três, o gerente conduzirá toda a negociação, interagindo dentro de cada divisão. Terá um único focal point e a grande vantagem é aprimorar as transações comerciais e não ter perda de integração.

Como essas marcas atuarão, de agora em diante?
Ficará tudo sob a chancela TA, autodenominando-se por divisões. Eu sou diretor Comercial da Divisão Rodoviário, tem a Express, que é a aérea, e a logística. Estamos oferecendo todos os produtos. Antes, o cliente era visitado pela Transportadora Americana, TAExpress e TALogística, e isso fazia muita confusão, não havia nenhuma sinergia no processo. Agora, um único representante está apto a oferecer os três produtos.

Qual o objetivo que a empresa busca com essa mudança?
Maior agressividade comercial, sinergia e uma melhor prestação de serviços para o mercado e o cliente. As mudanças têm o objetivo de adequar a empresa às necessidades do mercado, que requer um mix mais integrado, soluções customizadas e conhecimento sobre as características regionais e segmentadas.

Quais os benefícios que a operação como única empresa proporcionará?
Poderemos proporcionar ao cliente uma solução muito mais integrada, preenchendo os leques de necessidades que ele tem de distribuição no Brasil e de logística, bem como ações ligadas ao que o operador logístico pratica. Terá uma redução de custo, porque em vez de interagir com várias empresas, será com uma apenas. Para nós, será muito bom, pois teremos um cliente mais fiel, que usufruirá da empresa como um todo e não apenas de um produto, mas de três, criando uma fidelidade e uma proximidade muito maior. Os próprios custos da empresa serão bem racionalizados, uma vez que conseguiremos, com uma mesma equipe comercial, atingir muito mais objetivos, de forma colaborativa.

De que maneira será aproveitada a capacidade de cada setor dessas unidades?
O rodoviário, por ter uma maior equipe comercial, está fortemente batendo no conceito one stop shop, vendendo tudo. Porém, há uma célula comercial em cada uma dessas divisões, que está atuando de forma colaborativa e tendo uma estratégia muito mais unificada comercialmente.

Como ficarão os contratos e os serviços já praticados, quando a TA ainda era dividida?
Isso não terá alteração. Serão respeitadas todas as negociações anteriores e, em um momento de renegociação com esses clientes, a TA oferecerá as demais soluções. Se for de interesse, nós ampliaremos o escopo para esse cliente, com essa nova apresentação da TA.

Quais as expectativas da TA, quanto a essa consolidação, frente ao mercado atual?
Ter uma presença muito mais efetiva e agressiva no mercado. Em paralelo a isso, fidelizar muito mais os clientes, podendo prestar um serviço abrangente e solução mais integrada. Temos a perspectiva de aumentar, também, o número de negócios. Neste ano, desde quando colocamos isso em prática, já aumentaram consideravelmente a conversão de negociações e as conquistas. Não é nada oficial ainda, mas já nos proporcionou de 15% a 20% de ganho de efetividade e produtividade até agora.

 

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