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Saiba o que é Drop Size e sua importância para a gestão do Transporte

 

Publicado em 25/07/2017

Com todas as limitações de mobilidade e rodagem em grandes centros urbanos: horários, transito, roubos, taxas, restrições e outras regras, entregar bem com o custo ideal, no nível de serviço idealizado e com qualidade requerida é um diferencial estratégico.

 A implantação de indicadores é essencial para a tomada de decisão estratégica, afinal, só conseguimos controlar aquilo que medimos.

Drop size é um termo técnico ainda pouco difundido e desconhecido pela maioria dos gestores de logística. Trata-se de um indicador de relevante importância para tomada de decisões sobre: venda (relevância do cliente), tamanho do pedido/valor do pedido, frequência do atendimento, roteirização das entregas, frota necessária e etc.

O que significa e como se mede o Drop size? Ele deve cair ou subir?

Excelentes perguntas!

O que é Drop Size?
Em termos simplificados Drop Size é o tamanho da entrega: Coeficiente entre o volume total do pedido e a quantidade de entregas (peso líquido ou metragem cúbica médio por entrega realizada, pode se usar a métrica também por volume).

Como se mede?
Para encontrar o Drop Size, em termos simplificados: basta dividir o peso ou volume pela quantidade de entrega.

No quadro de exemplo adotamos o peso como premissa. Veja como o Drop Size está baixo. Na primeira linha temos uma entrega de 147 kg sendo realizada. Provavelmente o veículo precisará retornar a neste cliente duas vezes mais na mesma semana, ou seja, dois fretes, duas descargas, duas vezes o pedágio, custo duplicado com tripulação, aumento do índice de devolução, enfim, gasto dobrado se uma ação não for tomada.

Ele deve cair ou subir?
Quanto maior o Drop Size: melhor os custos da entrega, otimização dos veículos, aumento da eficiência operacional e etc.

O Drop-size mais a quantidade de entregas determinará o perfil do veículo a ser usado e o tamanho da frota para atender a demanda.

O fator de ocupação do veículo é também um indicador importante. Geralmente as empresas conseguem utilizar de 60 a 80%, claro que isso muda de empresa para empresa ou perfil de carga para perfil de carga.

"Queda de braço" com o cliente?
Quem paga pelo frete deseja e precisa aumentar o Drop Size, pois como vimos, além de determinar o tamanho do veículo, determina também a frota necessária para atender a demanda, logo uma questão de custos.

É claro que a negociação com o cliente não será fácil. Quem vende quer entregar pedidos cada vez maiores, otimizando a frota e os custos. Entregar 15 toneladas de uma só vez na quinzena é melhor que entregar 7,5 tons em duas visitas na quinzena. Entretanto, para o cliente o melhor dos mundos é que a entrega aconteça em pequenas quantidades, assim ele não precisará de grandes espaços para armazenagem, pois sabe que produto em estoque é dinheiro perdido.

Será necessário:

Negociar com o cliente mostrando que não é rentável/sustentável vender neste moldes (talvez aumentar o valor do pedido mínimo). Salvo se o cliente for estratégico e a exposição for melhor que a rentabilidade.

"Eliminação" de clientes “não rentáveis” transferindo-os para um distribuidor ao invés de atendimento direto.

“Erro” operacional:
Outra situação muito comum nas empresas, é o erro da gestão da carteira de pedidos. O comercial pressiona para entregar e a logística atende sem entender os custos logísticos.

Será necessário criar:

  • Cluster de atendimento mais inteligentes: frequência de atendimento por zonas, estabelecendo dia, hora e perfil de veículo ideal;
  • Alinhamento com o time comercial para que aumente o pedido quinzenal ou mensal (sempre que possível é claro);
  • Roteirizar as entregas via softwares especializados.

Como já falamos, entregar está cada dia mais desafiador, realizar um grande número de entregas então...

Portanto, aumentar o tamanho da entrega, reduzindo o número de visitas ao mesmo cliente na quinzena ou mês, é um ganho a ser observado e capturado.

Até a próxima.

Achiles Rodrigues

Por Achiles Rodrigues

Achiles Rodrigues é executivo de marketing de vendas e um nexialista com mais de 20 anos de experiência no mundo corporativo. Logístico de “pai, mãe e parteira”, já atuou nos mais diversos setores e segmentos como gestor de logística, transportes e melhoria contínua. Formado em administração, teologia e pós-graduado em vendas, negociações e resultado de alta performance e logística e Supply Chain. É colunista da revista MundoLogística e fundador dos blogs clubedalogística.com.br e achilesrodrigues.com.br.

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