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Exportação cresce no Brasil e reafirma papel estratégico de operadores logísticos

Publicado em 24/10/2017

Artigo | Por Nadir Moreno*

Diante do cenário econômico atual no Brasil, muitas empresas optaram por investir seus recursos em mercados externos. No ano passado, o país teve crescimento recorde de 10% no número de empresas exportadoras, em comparação a 2015, e esse ano o aumento deve continuar, de acordo com o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil (MDIC), Abrão Miguel Árabe Neto.

Essa tendência também pode ser vista na balança comercial brasileira, que registrou um superávit de US$ 2,48 bilhões no acumulado de outubro, segundo o MDIC, e US$ 55,76 bilhões na parcial do ano, até o dia 15 de outubro. O resultado foi conduzido pelas alta das exportações, de 35,2% sobre o mesmo período de 2016, somando US$ 8,34 bilhões.

Para melhor aproveitar esse momento favorável das exportações, existem algumas ferramentas que podem ser usadas como referência pelas empresas que desejam entrar em mercados internacionais ou expandir os seus negócios. Entre elas está o BMEI, – UPS Business Monitor Export Index Latin America 2017, estudo focado no comportamento de compra dos importadores de pequenas e médias empresas, segmento que representa 90% das empresas da América Latina.

O BMEI entrevistou 2.170 importadores de PMEs de quatro setores: indústria de manufatura, automotivo, vestuário e alta tecnologia, conduzidas no Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, México, Panamá, Peru e Estados Unidos.

O estudo revela insights sobre importadores para ajudar exportadores à venderem seus produtos nesse setor em crescimento. Os principais achados são: 47% dos importadores da região da América estão ativamente buscando novos fornecedores internacionais, sugerindo que há uma oportunidade para que os exportadores encontrem novos compradores e aumentem suas vendas na região. Diante desse cenário, é recomendável que os exportadores adotem uma postura mais agressiva em seus esforços para alcançar novos compradores, com apresentações de propostas de negócios bem preparadas e personalizadas via e-mail ou telefone.

Como presidente da UPS no Brasil, observo que as pequenas e médias empresas estão preparadas para exportar, nos quesitos qualidade e produto, mas encontram entraves na logística, como também aponta o estudo. Atrasos na entrega foram citados como o principal obstáculo à importação em todos os países analisados (28% de todos os entrevistados), com exceção do Brasil, onde 34% dos importadores consideraram os custos adicionais de importação como o principal obstáculo. Para isso, junto com um operador logístico de confiança, os exportadores devem garantir que seus clientes tenham toda a documentação adequada para apresentar na alfândega e forneçam soluções baseadas em tecnologia, tais como atendimento ao cliente on-line e ferramentas de acompanhamento de remessas.

Portanto, para expandir seus negócios em mercados externos, é importante que as empresas avaliem o operador logístico como parceiro do negócio, que ajude no mapeamento de suas necessidades e, a partir disso, desenvolva soluções especializadas em toda a cadeia logística.

Na minha experiência, clientes de diferentes setores costumam ter necessidades muito específicas. As empresas que utilizam serviços de logística para otimizar o transporte de seus produtos são as mesmas empresas que terão sua presença global expandida e com uma maior satisfação dos seus clientes. Em tempos particulares, como de instabilidade econômica, a logística tem papel estratégico na geração de vantagem competitiva.

 

*Nadir Moreno é presidente da UPS no Brasil.

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